Crescimento Exponencial: A Inovação dos Coprodutos na Dieta de Bovinos Confinados

A pecuária moderna está em constante busca por soluções que aliem produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Nesse contexto, o uso de coprodutos na dieta de bovinos confinados vem ganhando um protagonismo sem precedentes. Esse aumento não é apenas uma tendência, mas uma estratégia consolidada que oferece uma solução inteligente e sustentável para a destinação de resíduos da agroindústria. Ao incorporar esses materiais na alimentação animal, a pecuária fortalece a economia circular, reduzindo o desperdício e a pressão sobre os recursos naturais.
Dados que Comprovam a Transformação
A relevância dos coprodutos é endossada por pesquisas acadêmicas. Um estudo recente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal revelou uma mudança significativa no cenário nutricional brasileiro. A pesquisa, que analisou o período entre 2009 e 2023, mostrou que a porcentagem de nutricionistas que utilizam algum tipo de coproduto na dieta do gado saltou de 79,7% para 92,7%.
Essa adesão massiva demonstra que os profissionais do setor reconhecem o valor nutricional e econômico desses ingredientes. Como explica o zootecnista e PhD em Nutrição de Ruminantes, Danilo Millen, a utilização desses materiais pelos ruminantes evita um problema ambiental. “Se esses ruminantes não consumissem esses coprodutos, isso poderia se tornar um problema ambiental, de ter que ser reciclado ou processado de alguma forma no meio ambiente”, ressaltou Millen.
Variedade e Valor Nutricional na Dieta
O mercado de coprodutos para bovinos é vasto e diversificado, oferecendo alternativas de alta qualidade proteica e energética. Entre os mais utilizados atualmente, destacam-se a polpa cítrica, o caroço de algodão, a casca de soja, o farelo de trigo e o farelo de bolacha.
O farelo de bolacha, um subproduto da indústria de panificação, é um excelente exemplo de como o resíduo pode ser valorizado. Rico em carboidratos e energia, ele é uma fonte calórica altamente palatável para os animais. Sua inclusão na dieta contribui para a densidade energética e pode substituir parcialmente outros ingredientes mais caros, como o milho, oferecendo uma solução econômica e eficiente.
Outro coproduto que tem crescido exponencialmente em uso é o DDG (Dried Distillers Grains), grãos secos de destilaria provenientes da indústria de etanol de milho. Esse subproduto é uma fonte concentrada de proteína e energia. “Nós sabemos que hoje em dia temos vários projetos de produção de etanol, não apenas com cana-de-açúcar, mas com uso de milho, e o DDG sai dessa indústria e o gado consome. Aumentou muito o uso desse coproduto, não na mesma proporção que o milho, mas em uma proporção significativa na dieta”, avaliou o pesquisador Danilo Millen.
Ainda de acordo com a pesquisa da Unesp, o DDG é o segundo coproduto que mais cresceu em utilização, superando o caroço de algodão. A alta digestibilidade desses materiais os torna ideais para a nutrição de bovinos de corte e de leite. “Eles são extremamente degradados e aproveitados pelo animal, não só o bovino de corte, mas o de leite também, para transformar em produtos que a gente consome como carne e leite”, pontuou o especialista.
O Futuro Sustentável da Pecuária
A adoção crescente de coprodutos na alimentação de bovinos confinados reflete uma mudança de paradigma. O que antes era considerado um problema ambiental, agora é uma alternativa econômica e uma peça-chave para um sistema de produção mais sustentável. A Mix Ambiental tem um papel fundamental nesse ecossistema, ajudando as indústrias a transformar seus resíduos em recursos valiosos, contribuindo para a economia circular e para a rentabilidade de toda a cadeia produtiva.
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